quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

4 dicas para o brasileiro no exterior que vai empreender



Acho que uma das coisas que procuramos, ao sair do Brasil, para morar fora, é o sucesso profissional. Estou certo? Bem, no meu caso, eu procurei mais uma estabilidade do que exatamente sucesso. Somente quando retornei ao Brasil, após 3 anos fora, com carteira assinada, estabilidade e... um pouco de mediocridade, é que comecei a pensar na minha carreira com seriedade. Comecei a pensar em fazer aquilo que me desse prazer... e, claro, grana também. Na época, estava com 29 anos. Tinha feito jornalismo, e embora faltassem alguns meses para concluir a formação, não tinha nenhuma vontade de seguir a carreira. Estava no Japão, e o meu prazer era escrever, e não exatamente trabalhar para um jornal. E aí eu escrevi meu primeiro livro. Somente para escrever... E aí vai uma dica:

1 - se você tem alguma vocação, seja ela escrever, pintar, cozinhar, cantar, jogar golfe, fazer ikebana, decoração, sei lá mais o quê, faça...

Uma outra coisa que percebi foi que, se eu não me adaptava à uma carreira tradicional, teria que partir para a carreira solo. Óbvio não? Ser o dono do próprio nariz não dá a menor segurança do salário no final do mês, mas é exatamente esta insegurança que nos leva para frente. E vou contar um segredo: eu nunca tive um tino comercial, vocação para empreender, nada disso... Fiz muita burrada, perdi dinheiro, investi em coisas erradas... Tudo se aprende! E aí vai mais uma dica:

2 - se você não tem uma carreira convencional para seguir, ou não quer ficar preso a um emprego fixo, pense seriamente em fazer a carreira solo;

Daí, quando é você no mercado, em busca dos clientes, existe um fator importantíssimo para ser bem-sucedido ou não: a inteligência emocional. Saber lidar com a falta de recursos, com o incerto, a dúvida, funcionários que fazem burradas, é um exercício de auto-controle e sabedoria. A inteligência emocional é uma das coisas mais importantes, e por incrível que pareça, quando você procura o Sebrae, só encontra cursos técnicos, planos de negócio, etc., mas nenhuma explicação de como lidar com um cheque sem fundo num momento de aperto, com uma briga com o sócio ou ainda, com a indisciplina de um funcionário. Aí, vem uma outra dica:

3 – Trabalhe-se emocionalmente. E seja flexível. Conheça suas fraquezas, e as utilize ao seu favor. Se, por exemplo, você não se vê lidando absolutamente com funcionários, porque não montar uma empresa baseada somente em si mesmo? One-man-show... é possível, é viável... Eu já tive empresas com vários funcionários, hoje somos dois, e trabalhamos com terceirização, quando é necessário...

Ok, vou falar da última dica. Talvez a mais importante. Tudo fica fácil quando temos uma vocação, não é verdade? Talvez você pense assim. Mas vou dizer uma coisa. Não é bem assim. Uma vocação, às vezes, diz muito pouco. Sabe por quê? É que vocação tem milhares, milhões de facetas... E para descobrir a faceta correta, que nos trará retorno comercial, fama, dim-dim? Por exemplo, eu tinha a vocação para escrever. Ainda tenho. E escrevi um livro. Não me deu o retorno desejado. Não me tornei o Paulo Coelho. Nem as orelhinhas do Coelho. Escrevi dois livros. Escrevi três livros. Mas não era esta faceta. A mente humana está condicionada a generalizar as coisas: pensamos – gosto de escrever, logo, serei um escritor. Daí, eu vendo bastante livros e ganho dinheiro e fama. Certo? Não! Errado. A minha vocação para a comunicação tinha muitas outras facetas. Por exemplo: aprendi a falar em público, coisa que há 10 anos era impossível. Aprendi a fazer networking e a vender meu peixe... Aprendi a mudar meu estilo para escrever na internet. Aprendi a fazer marketing e usar os textos de uma forma focada no convencimento do meu cliente... Aprendi a buscar um nicho de mercado que tivesse a ver com o meu perfil. E ainda estou fazendo diversos experimentos. Por isso, se você não tem vocação explícita, também não está muito distante do sucesso. Já vi muitas pessoas talentosas se afundarem com o seu próprio talento. A nossa sociedade vende a idéia de que as pessoas talentosas é que prosperam, dão certo, são legais. Isso é uma grande enganação. Dão certo aqueles que querem dar certo. No caminho para dar certo, o talento surge. E se não surge o talento, você terá dinheiro para contratá-lo. Isso me faz lembrar da história do Walt Disney. Desenhista pouco talentoso, era, por outro lado, um empreendedor egocêntrico e super-criativo. Tanto que empregou os maiores nomes do cartoon da época, obrigando-os a assinar os desenhos como... Walt Disney... Vai então, a última dica de hoje:

4 - busque a atividade que o apaixone. Algo que você faria e lhe daria muito prazer. Não se preocupe se isso que você quer pareça ser incomum, não dar grana, ou alguma crença boba que enfiaram na sua cabeça. Qualquer coisa dá dinheiro. Absolutamente qualquer coisa. E crie foco de ser o melhor que você pode ser nesta atividade. Crie o foco de se destacar, de se bancar, de ganhar grana...

Alex Possato é diretor do
Nokomando-desenvolvimento pessoal e profissional

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Brasil é xenófobo - 72% da população é contra estrangeiros

Jornal suíço contra-ataca e diz que Brasil é xenófobo

Os jornais suíços fizeram um duro ataque contra o Brasil, mesmo sem saber o resultado final das investigações no caso da advogada brasileira Paula Oliveira, que diz ter sofrido um aborto após ser agredida por um grupo skinhead na última segunda-feira em Zurique.

O periódico "Neue Zürcher Zeitung" ironiza o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e alerta que a mídia brasileira "regularmente publica notícias de fatos totalmente inventados, acusações que já destruíram a vida de outras pessoas".

Segundo laudo médico emitido pela polícia suíça, Paula não estava grávida. De acordo com o jornal, a gravidez inventada seria uma técnica comum no Brasil para mulheres que querem pressionar seus maridos. Para o NZZ, o Brasil seria um dos países mais xenófobos do mundo. "O país tropical está, de acordo com sondagens internacionais, entre os Estados com maior índice de xenofobia: 72% são, segundo pesquisa, contra a recepção de estrangeiros", comenta a publicação.

A palavra é altamente manipulável. Aquilo que acreditamos é totalmente influenciado pelo o que ouvimos ou lemos. O ministro da propaganda nazista, Joseph Goebbels, estava certo quando disse que uma mentira, contada 100 vezes, torna-se verdade. Ou não estava?

Afinal, o que é verdade? Não é somente uma justificativa que damos para afirmar algo que acreditamos? E o pior: a mente humana tem a tendência de analisar “suas verdades” de acordo com as próprias crenças. Dificilmente alguém se coloca no “lugar do outro”, não busca saber todos os lados de uma coisa, para tirar uma conclusão. Qual é a verdade no caso da brasileira que diz ter sido atacada por skinheads na Suíça? O jornal suíço mente, ao dizer que o Brasil é xenófobo? Ou o governo brasileiro é que mentiu, ao julgar verdadeiro o caso e pressionar as autoridades suíças baseados nas palavras da brasileira? Como disse, para qualquer fato existem argumentos que apóiam. É possível que eu também seja xenófobo. Em alguns momentos... por que não? É por essas e outras que não acredito naquilo que leio, não dou bola pra a imprensa e não vejo TV ou noticiários. Para ver minha mente ser manipulada o tempo todo? Ah... tenho mais o que fazer...


Alex Possato é diretor do nokomando-desenvolvimento pessoal e profissional, soluções sistêmicas


terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Poder sem limites - Anthony Robbins


Entender um pouco de neurolinguística? Este é o livro

Falo que Anthony Robbins é o típico americano com “cara de sucesso”. Grandão, com pinta de galã, fala e motiva o público como o nosso bom Silvio Santos, atende seus clientes numa ilha do Hawai, vem de helicóptero, estas coisas toda. Lógico que muito disso é imagem… e cá entre nós, eles sabem fazer imagem. Mas vamos ao livro.

Robbins adquiriu umas doenças e isto o deu motivação de se transformar num cara diferente. Durão, obeso e doente, encontrou na programação neurolinguística a motivação para “dar a volta”. O caminho do sucesso está neste livro. “Poder sem limites”, apesar de parecer auto-ajuda comum, é na verdade um bom resumo da teoria da PNL, que é utilizada por treinadores e coaches do mundo todo, para incentivar a alta performance dos seus comandados. E dá certo. Em linguagem bem acessível, utilizando exemplos pessoais, Anthony Robbins desfila os principais elementos da PNL nas 384 páginas da obra. Você aprenderá sobre âncoras, sistemas representacionais, calibragem, sinestésicos, auditivos e visuais e tantos outros termos que parecem coisas do “outro mundo”, mas são parte de um estudo sério sobre comunicação, comportamento e psicologia humana.

Apenas um porém: no estilo bem americano do oba-oba, solução final, o livro as vezes pode deixar transparecer que a aplicação em si mesmo da PNL é fácil e rapidamente eficaz. Não é. Qualquer técnica que exige olhar para si, para seus medos, emoções e comportamentos inadequados, exige vontade.

Objetividade: é um livro que fala sobre os principais elementos da PNL, sem ser chato ou complexo. Isso é uma virtude. Nota 8.

Quebra de conceitos: de forma leve e levado pela empolgação do autor, a pessoa não percebe que está sendo fortemente influenciada a acreditar em si mesmo. Isso, para mim, é ponto positivo. Nota 8

Simplicidade: o livro é simples, fácil de entender. Nota 8.

Funcionalidade: aí é a questão. Não acho que a PNL seja um conhecimento fácil de ser aplicado sem a orientação de um consultor, ou sem ser feito algum curso do assunto. . Nota 6

Conteúdo: mesmo tendo vários elementos da PNL, o conteúdo fica um pouco prejudicado pela simplicidade dos exemplos e pela superficialidade com que são tratados temas importantes. O livro é feito mais para empolgar sobre a PNL (consegue) e sobre o autor (talvez consiga), do que para realmente informar. Nota 6.

Avaliação 7,2

Alex Possato é consultor, escritor e especialista em PNL

Poder sem Limites, Anthony Robbins, Editora Best Seller, R$ 39,90

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